ASSIM COMO O ARTISTA CRIA SUA OBRA, SURGE O PRÊMIO IBEMA GRAVURA

Um grande mestre registrou no passado, para um outro contexto, que sempre que duas ou mais mentes se reúnem é a garantia de que algo melhor será elaborado, comparando-se ao que seria possível com uma mente apenas. Foi desta maneira que tal afirmação se demonstrou mais uma vez verdadeira durante a criação do Prêmio Ibema Gravura.

Enquanto buscava uma maneira de aprofundar as relações com o mercado, identificava a área cultural como sendo a mais adequada, devido ao fato do extremo esforço que profissionais dos setores de embalagem, do design, de gráficas e de materiais desenvolviam para alcançar os mais belos resultados em seus trabalhos. Reais profissionais, sim. Artistas, certamente.

Foi então no setor cultural que iniciei conversas com diversos amigos para identificar a melhor maneira de se realizar uma ação coerente com as aspirações da própria empresa Ibema e que tivesse significado com o seu propósito. Despretensiosamente, em uma viagem ao oeste do estado do Paraná, estava conversando com o professor Fabio Mestriner sobre os diversos assuntos corriqueiros típicos de nossas atividades e, durante um certo momento, surgiu uma oportunidade onde compartilhei com o professor a intenção de atuar no campo da cultura.

Neste momento, quase como uma catálise, desdobra-se uma sequência de possibilidades desta natureza durante a viagem. Papelcartão, papel, papéis especiais, papéis artísticos, jornal... todos os papéis! Pintura artística, dobraduras, esculturas... gravura! Sorteio, concurso, promoção... prêmio! Impulsionados pelo momento de criação, desdobra-se uma formatação possível de ser viabilizada hibridamente a uma empresa e à arte. Para o carro! Um comenta. Assim que possível, paramos o carro no município de Ibema e registramos o que seria o modelo básico do Prêmio. Quem poderia imaginar tal coincidência entre o Prêmio, o nome e a cidade. Instantes únicos que certamente ficarão em minha memória para sempre.

A escolha de um prêmio direcionado para estudantes e com a característica de edição são os diferenciais deste Prêmio. Esclarecendo, o processo de edição se trata da reprodução da obra em diversas cópias com a maior fidelidade possível e devidamente assinada pelo artista. Este atributo também é o grande desafio de um artista impressor gráfico moderno que manipula múltiplas variáveis durante a produção de seu trabalho. Daí mais uma vez a similaridade do uso do papel em gráficas com a Gravura fica evidenciada.

Uma liberdade total para o uso de qualquer tipo de papel ou tinta demonstra que o Prêmio pode ir muito além do contexto regional e temporal, proporcionando aos participantes uma fluência no processo criativo, buscando referências em grandes artistas já consagrados onde estes escolhe-ram com sucesso os melhores materiais em suas épocas.

Diante da ideia e formatação do Prêmio estabelecidos, começa o trabalho de detalhar e ajustar a primeira edição do Prêmio. Para uma empresa fabricante de papelcartão, decidir entrar no imenso e histórico mundo da Gravura não é tão lógico. A princí-pio não há correlação possível e diversas outras preocupações surgiram no sentido de haver aderência com o meio artístico e o reconhecimento adequado do setor gráfico. Mais uma vez a união de pensamentos e a confiança mútua foram fundamentais para continuidade do desenvolvimento do Prêmio.

As pessoas sempre fazem a diferença dentro das empresas e foi desta forma que o diretor comercial, Túlio Cesar Reis Gomes, e o presidente da Ibema, Nei Senter Martins, mesmo visua-lizando uma linha tênue e singela com os negócios da empresa, depositaram todos os créditos e acreditaram no projeto do Prêmio.

Muitas pessoas contribuíram para a realização do primeiro Prêmio Ibema Gravura e a todas manifesto minha imensa gratidão.

A confecção deste catálogo materializa o trabalho de todos desde sua origem e registra 20 obras selecionadas e suas respectivas edições, o que nos motiva a dar continuidade para a realização do Prêmio.

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